sexta-feira, 6 de maio de 2011

OBAMA AGRADECE POR MORTE DE BIN LADEN

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Por Matt Spetalnick
FORT CAMPBELL, Estados Unidos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, embalado por uma onda de aprovação popular após a morte de Osama bin Laden, viajou nesta sexta-feira a uma base militar para agradecer às forças especiais envolvidas na operação que matou o líder da Al Qaeda em território paquistanês.
O encontro no quartel Fort Cambpell, no Kentucky, ocorreu sob sigilo, cinco dias depois de uma operação que elevou a popularidade do presidente e rendeu elogios até de adversários republicanos.
O presidente foi recebido na pista de pouso por comandantes militares como o vice-almirante William McRaven, chefe da força Seal -- unidade especial da Marinha, responsável pela invasão da casa de Bin Laden em Abbottabad, no Paquistão, no domingo.
Na véspera, Obama havia participado de uma cerimônia em Nova York em homenagem às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, cometidos pela rede Al Qaeda, de Bin Laden.
Esses eventos, no entanto, ocorrem num momento em que a operação que matou Bin Laden está cada vez mais cercada por dúvidas, questionamentos e mudanças nas versões oficiais.
Muita gente no mundo islâmico e na Europa fez críticas aos EUA depois da admissão de que Bin Laden foi morto desarmado e com um tiro na cabeça, e também porque seu corpo foi sepultado no mar -- prática rara na religião muçulmana.
A maioria dos norte-americanos, no entanto, continua eufórica com a morte do seu inimigo número 1, e vê os soldados da força Seal como heróis. Por isso, Obama foi pessoalmente agradecê-los.
Para receber o presidente, soldados -- alguns recém-chegados do Afeganistão -- se reuniram num hangar cheio de bandeiras norte-americanas, com uma banda tocando rock. Um gigantesco cartaz pendurado numa parede dizia: 'Trabalho bem cumprido!'.
Mas, para proteger a natureza sigilosa da atividade dessa força, o encontro foi reservado. Os jornalistas que acompanham Obama na viagem não puderam ver nem mesmo o exterior do centro de operações especiais, e o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse apenas que o presidente iria se reunir com 'alguns operadores especiais' envolvidos na ação do Paquistão.
Pesquisas mostram que a aprovação popular a Obama voltou a superar 50 por cento depois da morte de Bin Laden, mas analistas dizem que esse impulso pode não durar até a eleição de 2012, quando ele disputará um novo mandato.
Por essa avaliação, o eleitorado estaria mais preocupado em questões econômicas, como o desemprego e o preço da gasolina, ainda que Obama tenha agora mais argumentos para rebater uma tradicional acusação dos republicanos aos democratas -- a de serem fracos em questões de segurança nacional.

FONTE:http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo.aspx?cp-documentid=28643146

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